TAYLOR SWIFT ENCERRA "THE ERAS TOUR", A MAIOR TURNÊ DA HISTÓRIA

A maior turnê da história da música tem números, feitos e conquistas inesquecíveis
Por: Mateus Buzzo

Taylor Swift em Indianápolis / Foto: Reprodução


Quando Taylor Swift iniciou a Eras Tour, em março de 2023, ela jamais imaginaria que essa seria não apenas a maior turnê de sua carreira, mas também a maior turnê da história da música.

Tudo começou em 2020, quando ela anunciou a Lover Fest, que seria a turnê de promoção do seu sétimo álbum, Lover (Republic, 2019), mas todo o show teve de ser cancelado devido à COVID-19. Os shows dos dias 18 e 19 de julho de 2020, que aconteceriam em São Paulo, também foram cancelados. Essa seria a primeira turnê que Swift traria ao nosso país.

Nesse meio tempo, Taylor lançou duas regravações e três álbuns de estúdio, inclusive o que, à época, era o último de inéditas, o ganhador do Grammy Midnights (Republic, 2022). Para promover o álbum, Swift teve a ideia de cantar não apenas músicas do seu mais novo material, mas unir toda a sua carreira em apenas um show, visto que a época também marcaria 16 anos de estrada na música. Sua equipe disse que, para isso, ela precisaria de um show com, no mínimo, 3 horas de duração e mais de 40 músicas, o que seria impossível, já que "ninguém quer ficar 3 horas em um show". Isso se provou mentira!

Com uma média de 3h15 minutos de duração e 45 músicas no setlist, todo dividido pelos seus álbuns, nasceu a The Eras Tour, que veio a se tornar a maior turnê da história.

Com seis shows no Brasil, em novembro de 2023, Taylor Swift fez história com essa turnê. Em números: 10.168.008 ingressos vendidos, $2.077.618.725 em arrecadação, $261 milhões em bilheteria do filme do show nos cinemas, 1 milhão de exemplares do livro da turnê vendidos em menos de uma semana, 753.112 pessoas no colossal Estádio de Wembley, 149 shows, 50 estádios esgotados, 517 horas de show, 51 cidades, 5 continentes.

Taylor Swift em São Paulo / Foto: Reprodução


TAYLOR SWIFT E O BRASIL
No Brasil, os números também foram surreais. Mais de 180 mil fãs assistiram aos shows no Rio de Janeiro. Já em São Paulo, as apresentações aconteceram no estádio do Palmeiras, que tem uma das maiores torcidas do país. Mesmo assim, Swift quebrou o recorde de maior público. Com 51 mil pessoas no dia 26 de novembro de 2023, ela superou o jogo entre Palmeiras e Corinthians realizado poucos meses antes, que reuniu 41 mil torcedores.

Infelizmente, os seis shows no Brasil também enfrentaram polêmicas: calor excessivo no Rio, chuva em São Paulo, cambistas revendendo ingressos de até R$1.050 por mais de R$10.000, e a morte de uma fã devido ao calor. A chamada "Lei Taylor Swift" propõe tornar crime a revenda de ingressos por preços abusivos, mas ainda tramita no Congresso Nacional. Além disso, o que antes era proibido agora é obrigação: os fãs podem levar garrafas de água a qualquer evento no país com mais de 30 mil pessoas. Mas os Swifties brasileiros jamais esquecerão do Cristo Redentor dando boas-vindas à cantora e dos impactantes 400 milhões de reais movimentados na economia brasileira.

DIPLOMACIA MUNDIAL
A turnê também mexeu com a diplomacia asiática. Swift escolheu Cingapura como o único destino no Sudeste Asiático, apesar de seus inúmeros fãs na Tailândia, nas Filipinas e no Vietnã clamarem por shows. O governo de Cingapura fechou um contrato de exclusividade, o que gerou críticas dos políticos desses países, que acusaram o vizinho mais rico de se beneficiar do impacto econômico conhecido como Swiftnomics.

Além disso, Taylor evitou a República da China e a República Popular da China, devido às tensões políticas entre os dois territórios, preferindo se apresentar no Japão. Essa decisão buscou evitar que sua imagem fosse politizada, algo que já lhe gerou críticas no passado.

Como se não bastasse, os três shows de Viena tiveram de ser cancelados devido à ameaça terrorista anunciada pelo Estado Islâmico durante a passagem de Swift no país. Políticos de várias nações disputaram a presença da cantora. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e o presidente do Chile, Gabriel Bóric, praticamente imploraram para que Taylor levasse a Eras Tour aos seus países. Apenas Trudeau foi atendido e Taylor encerrou a turnê com nove shows no Canadá.

No Reino Unido, a oposição do Partido Conservador acusou o governista Partido Trabalhista de receber ingressos gratuitos para os shows pelo país em troca de segurança pública, quase como suborno. Alguns membros do partido chegaram a acusar Swift, injustamente, de transformar o monárquico Reino Unido em uma "república das bananas".

Taylor Swift em Toronto / Foto: Reprodução


FILANTROPIA E IMPACTO SOCIAL
Taylor Swift também é sinônimo de filantropia. A cada cidade que visitava, ela fazia doações de alimentos para comunidades necessitadas e decidiu bonificar todos os trabalhadores envolvidos nos shows, desde sua equipe até os seguranças locais, com pagamentos extras. Estima-se que ela desembolsou mais de 55 milhões de dólares do próprio bolso.

A imagem de diversos fãs do lado de fora do estádio em Munique ficou na memória cultural. Cerca de 55 mil fãs ficaram fora porque não conseguiram ingressos — mais do que os 50 mil que estavam lá dentro.

As friendship bracelets, mencionadas na música You're On Your Own, Kid, se tornaram o maior símbolo da turnê. Fãs, políticos, policiais e até cavalos trocaram pulseirinhas personalizadas.

Taylor também quebrou recordes de uso de internet. Em Lisboa, durante o segundo show, a Vodafone PT contabilizou cerca de 4,8 TB de dados móveis usados em apenas 3 horas. Em Toronto, a Rogers Communications teve de renovar sua rede 5G para suportar a demanda. Foram usados 8 TB em apenas uma noite. No total, 42 TB de dados foram consumidos nos seis shows em Toronto.

Até "terremotos" os fãs causaram! Em Lisboa, durante a apresentação de Shake It Off, uma atividade sísmica de 0,82 de magnitude na Escala Richter foi registrada. Em Edimburgo, durante ...Ready for It?, o impacto foi tão forte que os fãs geraram 80 kW de energia.

Taylor Swift em Vancouver / Foto: Reprodução


O FINAL DA TURNÊ E SEU LEGADO
Com nove shows no Canadá, o último sendo na noite de ontem (8), Swift encerrou a Eras Tour com 149 shows no total. Ela domina agora os rankings de turnês mais rentáveis do mundo, sendo a primeira mulher a ocupar o topo.

Taylor Swift não é cantora de "um". Não é um bilhão de dólares com a Eras Tour, são dois! Não é um álbum do ano, são quatro! Não é uma música com streaming acima de um bilhão de reproduções, são treze! E não é uma década de sucesso, são três — e serão muitas mais!

Taylor Swift em Londres / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Paris / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Varsóvia / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Vancouver / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Las Vegas / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Las Vegas / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Vancouver / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Vancouver / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Vancouver / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Vancouver / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Vancouver / Foto: Reprodução

Taylor Swift em Vancouver / Foto: Reprodução