JÃO FAZ SHOW DE NATAL EM SÃO PAULO

Paulista se apresentou para 4 mil pessoas num show intimista e pessoal
Por: Mateus Buzzo

Jão em São Paulo / Foto: Bruno Silva


Jão se consagrou como um dos maiores, se não o maior, artistas masculinos do nosso país. O cantor de 30 anos embarcou na Superturnê e viu seu público triplicar. Não à toa, ele é o primeiro brasileiro solo a esgotar três vezes o Allianz Parque. Porém, esse show grandioso o fez sentir falta da intimidade com seus fãs.

Para suprir essa saudade, ele decidiu realizar dois shows de Natal em São Paulo, no Vibra, para um público de, no máximo, 4 mil pessoas. Como era de se esperar, ambos os shows estavam esgotados, já que o público do cantor é extremamente fiel. E Jão não esconde o quanto valoriza seus fãs.

Em um cenário elaborado, montado em forma de casa e decorado com enfeites natalinos como árvores, ursinhos e pisca-pisca, Jão iniciou o show ao piano com um de seus maiores sucessos, Lobos — nome que, aliás, também é como seu grupo de fãs é chamado. Entre gritos histéricos e aplausos, o cantor agradeceu aos fãs por terem sido parte não apenas da Superturnê (que, inclusive, ainda não terminou), mas também de seu especial de Natal.

Jão trata seus fãs como família, e sua interação durante o show deixa isso evidente. Em determinado momento, ele revelou que teve uma semana difícil, mas que ouvir os fãs gritando durante um discurso tão emocionante o transformou. Em outra ocasião, quando uma mesa de ceia de Natal foi montada no palco para reunir toda a trupe de backing vocals e a banda, ele agradeceu por todas as publicações virais de uma de suas backing, mencionou até a cachorra de um dos bateristas e revelou que trocou o nome do animalzinho no show de sábado. Jão também distribui beijos, piscadelas, veste acessórios dos fãs ao vivo, agradece por ser chamado de "gostoso" e, a todo momento, declara seu amor ao público. A reciprocidade desse amor é evidente durante o show inteiro.

Jão em São Paulo / Foto: Mateus Buzzo


Apesar de todas as músicas terem sido cantadas em coro pela plateia, Jão impressionou ao segurar vocais poderosos em canções como O Triste é que Eu te Amo, que contou com samples da veterana Hard to Live in the City, de Albert Hammond Jr., Julho, (They Long to Be) Close To You, dos Carpenters, e até Can’t Help Falling in Love, de Elvis Presley. Durante essas últimas, fãs mais jovens, que claramente não conheciam as músicas das décadas de 1970 e 1960 respectivamente, iluminaram o ambiente com as luzes de seus celulares. Já Jingle Bell Rock teve sua coreografia replicada pela plateia, em forte alusão à cena icônica do filme Meninas Malvadas, incluindo até os deslizes cometidos por Regina George e sua trupe, as "Plásticas".

Jão também reconheceu o famoso "Porquinho da Avenida Paulista", que foi ovacionado pela plateia, e interagiu com uma espectadora que o desafiou a jogar pedra, papel e tesoura. Se ele perdesse, teria que cantar Ressaca. E ele perdeu! Claro, cumpriu o desafio e apresentou a música. Além disso, promoveu um amigo secreto e chamou um assento específico da plateia. A fã Duda foi a escolhida e subiu ao palco para abraçar seu ídolo.

Idiota foi, sem dúvidas, o ponto alto do show. Na plateia, fãs choravam, tremiam e se ajudavam mutuamente. A esmagadora maioria adolescente se identificava profundamente com a letra da música. A frase “eu vou te amar como um idiota ama” reflete questões como autoaceitação, preconceito, amor e, claro, os hormônios à flor da pele.

Na verdade, assim como as letras de Taylor Swift, as composições de Jão são para qualquer pessoa que ama, independentemente da idade. É só isso que vale!

Jão ainda se apresenta em São Paulo, no dia 18 de janeiro, mas os 40 mil ingressos já estão esgotados.

Jão em São Paulo / Foto: Bruno Silva

Jão em São Paulo / Foto: Bruno Silva

Jão em São Paulo / Foto: Bruno Silva

Jão em São Paulo / Foto: Mateus Buzzo

Jão em São Paulo / Foto: Mateus Buzzo

Jão em São Paulo / Foto: Mateus Buzzo

Jão em São Paulo / Foto: Mateus Buzzo

Plateia de Jão em São Paulo / Foto: Mateus Buzzo