Álbum foi responsável por colocar o nome de Madonna em evidência
Por: Mateus Buzzo
Foto: Steven Meisel |
Num dia como hoje, 12 de novembro, em 1984, a rainha do pop lançava seu segundo álbum de estúdio. Com um nome provocativo e uma capa ainda mais chamativa, Madonna aproveitava do sucesso de seu álbum anterior, o seu primeiro, entitulado apenas como "Madonna" (Sire, 1983), e se aventurava num som diferente do que havia gravado anterior, pois sentia que o material lançado não era da sonoridade que queria. Para isso, pediu para sua gravadora, a Sire Records, deixar que ela produzisse "Like a Virgin" como bem quisesse, o que foi imediatamente negado, mas ela poderia escolher o produtor que preferisse. Foi aí que Nile Rodgers produziu o que veio a ser o álbum que alavancou Madonna ao estrelato.
Começando com "Material Girl", uma música que hoje em dia a cantora não curte muito, o álbum foi gravado no famoso estúdio Power Station, em Nova York, e foi o primeiro a usar tecnologia digital. Primariamente pop, os gêneros post-disco dance e new wave rock também são ouvidos em todos os 38 minutos do álbum.
Foto: Steven Meisel |
Para promover seu novo trabalho, Madonna embarcou em sua primeira turnê, "Virgin", que inicialmente teve shows marcados em teatros, mas que precisaram ser alterados para arenas devido à alta procura de ingressos. Até hoje o Teatro Paramount, em Seattle, se vangloria por ser sido o local do primeiro show profissional de Madonna. Foi nessa época também que surgiu a expressão "Madonna wannabe". Assim eram chamadas todas as pessoas que copiavam o estilo da cantora, seja modo de se vestir ou modo de se portar em público. Hoje em dia a expressão é mais usada para designar uma artista que tenta copiar Madonna no palco.
Além do nome provocativo [como uma virgem], a capa também trazia Madonna vestida de noiva com o cabelo bagunçado sentada numa cama e olhando diretamente para a câmera. Até hoje, vários significados são trazidos à tona pelos fãs e pela crítica especializada envolvendo até o nome da cantora. Para os que não sabem, Madonna, na Igreja Católica, é o nome que remete à mãe de Jesus, Maria, e à imaculada concepção, isto é, o nascimento de Jesus de uma mãe virgem. Esse nome, aliás, também foi inspiração para a primeira coletânea da cantora, "The Immaculate Collection" (Sire, 1990) [a imaculada coleção], que na época gerou ainda mais controvérsia no Vaticano.
Com cinco singles lançados, "Like a Virgin" vendeu mais de 25 milhões de cópias ao redor do mundo e em 2023 entrou para o Registro Nacional de Gravações, uma honraria da Biblioteca do Congresso (dos Estados Unidos) que visa eternizar músicas e filmes que marcaram uma geração seja cultural, histórica ou esteticamente.